Exemplares, para a entrevista de hoje temos Ulisses Alves. Eu já tive a oportunidade de esbarrar com ele em duas situações: a primeira foi ano passado, quando publicamos na mesma antologia, 31 Contos Assombrados, da Rouxinol Editora. Depois, no começo desse ano, o site burnbook fez uma resenha da antologia, e, para minha felicidade (e do Ulisses), os nossos contos ficaram no pódio (o dele em segundo, e o meu em terceiro). Agora, eu tenho a oportunidade de conhecê-lo um pouco mais - junto com vocês!
Apresentação:
Ele tem 27
anos, nasceu em Nova Iguaçu, RJ, mas hoje vive em
Teresópolis, também no Rio. É de câncer, caminhando na graduação em Design Gráfico e trabalha com motion designer freelancer.
Já lançou Esquimolândia pela Chiado Editora, em 2014. Esse ano, Ulisses irá lançar o seu segundo livro, Emocalipse.
Sem delongas, confira abaixo as perguntas feitas e as respostas (divertidas, já adianto) do autor. Lembrando que as perguntas do Garoto Exemplar sempre estará em negrito.
Sejam
bem-vindos à entrevista com Ulisses, o nosso convidado do
Entrevistando o Autor. Para inciarmos, diga para nós
o que ainda não sabemos sobre você. Quem é, verdadeiramente,
Ulisses? Do que você gosta? O que faz no dia a dia? O que escuta? O
que você assiste? Como você enxerga o mundo?
Basicamente
eu trabalho o dia todo, haha. Eu sempre curti muito um filminho em
casa, desde criança. Isso sempre me inspirou. Sempre gostei muito de
escrever, jogar tênis e brincar de Le Parkour. Além de ser viciado
em games. A leitura também sempre teve um lugarzinho especial
dentre minhas atividades favoritas. Porém, hoje sou casado e tenho
dois filhos (um de cinco anos e outro de 1 aninho), e realmente não
sobra tempo quase nenhum para quase nenhum hobbie. Mas hoje,
eu me definiria como um eterno sonhador. Antes, eu sonhava com o
futuro, hoje, eu sonho mais com o passado. Sou extremamente
nostálgico e ansioso. Mas quem me conhece, me define como uma pessoa
extremamente calma e reservada. Apesar de meu trabalho com edição
de vídeo, design de logo, animação gráfica e modelagem 3D me
tomar as manhãs, tardes, e na maioria das vezes, as noites também, sempre que tenho um tempo, gosto de maratonar seriados de
terror e assistir filmes e mais filmes de terror, suspense, ou ação!
Amo jogar videogame, principalmente um Guitar Hero ou FIFA enquanto
tomo umas boas talagadas de cerveja, haha! Não consigo trabalhar sem
escutar música. Dentre minhas bandas preferidas estão, desde
sempre, Queen, The Offspring, Avril Lavigne, My Chemical Romance, The
Doors, Yeah Yeah Yeahs e Clarice Falcão. E mais um monte de bandas. Amo música. Minha maneira de enxergar a humanidade, define
minha percepção do mundo. Basicamente eu gosto de dizer que amo as
pessoas, mas odeio a humanidade. Sou capaz de achar fascinante
qualquer indivíduo, por pior que seja a impressão que outras
pessoas tenham dele. Mas quando se trata do coletivo, eu realmente
acho que a raça humana, era um negocinho que não deveria existir.
Tenho até uma teoria de que a raça humana é tão detestada no
universo, que todos os alienígenas se mudam e planeta e destroem
tudo, para não deixar nenhum rastro de vida inteligente no planeta
natal. Justamente pra gente pensar que está sozinho no universo e o
planeta Terra ir morrendo sozinho aos pouquinhos. Mas acredito
que cada ser humano, seja um milagre incompreendido, até para si
mesmo. E justamente isso que nos motiva a buscar a auto compreensão.
E a auto compreensão é o caminho para ser uma pessoa melhor (uma
pessoa melhor, é aquela que não enche o saco dos outros! Hehe).
Um salve pro Queens, Clarice Falcão e My Chemical Romance (minha era emo/sad ainda não passou haha). Muito bom, Ulisses. Eu também tenho um complexo em relação à sociedade, também tenho esperanças nos alienígenas; fiquei bem positivo ao assistir "A Chegada", no ano passado (se alguém que está lendo isso ainda não assistiu, eu recomendo).
Bom, agora seguindo e deixando os extra-terrestres de lado, conta um pouco pra gente sobre o Ulisses autor. Nós já
sabemos a sua idade, de onde é e onde vive. Mas, e o escritor dentro de você? Como, quando e onde ele nasceu? Fale sobre sua autodescoberta
como escritor.
Eu
gostaria de dizer que meus pais tinham uma biblioteca maneira e me
incentivavam a ler quando eu era criança. E que eu cresci apaixonado
por livros e descobri que amava escrever. Como a maioria dos novos
escritores. Mas a verdade é que meus pais não estavam nem aí pra
leitura e eu odiava as aulas de literatura na escola. Não tinha a
menor paciência para ler. Mas desde que aprendi a escrever, eu amo
contar histórias. É algo que eu não consigo segurar. Contar
histórias, propor novas realidades, transformar sonhos e ideias em
entretenimento é algo que explode de mim! Sempre foi assim. Porém,
sempre fui muito tímido e reservado, e por causa dessa minha
dificuldade de expor ideias em uma conversa comum, eu fui impulsionado
a imortalizá-las na escrita. Desde criança eu escrevo textos e
histórias curtas para mim. Mas somente aos 16 anos eu simplesmente
decidi começar um livro. E assim, de brincadeira, comecei e terminei
um livro de humor. Depois, decidi dar continuidade, e então, nunca
mais parei. Porém somente quase 10 anos depois é que decidi
publicar. E quanto à leitura, eu comecei a ler depois disso, hahaha.
E foi um acidente. Eu amava filmes e gostava dos filmes do Harry
Potter. Mas não liguei tanto pros dois primeiros filmes, tinha
melhores pra mim, haha (os Potterheads que me perdoem). Mas fiquei
tão apaixonado pelo terceiro filme, que não quis esperar um ano
para saber o que ia acontecer depois. Então comprei o quarto livro
para saber. E foi assim que descobri que ler é legal. Mas pra mim, a
escrita vem em primeiro lugar. A necessidade de expor ideias e pontos
de vista. E a vontade de inspirar pessoas.
Acho que eu sou o único ser dessa geração que não começou a ler por causa de Harry Potter! (o primeiro autor entrevistado aqui também começou igual a você). Brincadeira, mas, bem, eu também não tive pais que me incentivaram a ler. E acho que eu também não me lembro exatamente quando decidi escrever, mas foi logo depois de ler As Crônicas de Nárnia (emprestado por uma vizinha minha, deixo aqui um obrigado). Bem, ainda bem que tivemos essa sorte de acabar tendo com a literatura de algum jeito.
Para a segunda pergunta, vamos falar sobre inspirações. A minha foi Lewis, como você deve imaginar. E a(s) sua(s)? Quem costuma te
influenciar quando você pensa em escrever uma história?
Eu gosto de dizer que eu sou um escritor que escreve com o
coração, e não com o cérebro. Isto é, minha matéria-prima é
minha própria vida, meus sentimentos e experiências. Isso fica
muito evidente para mim depois que leio um livro, alguns anos depois
de tê-lo concebido. Descubro muito de mim ali. Existe muita
sinceridade no que escrevo. Não é algo “pra inglês ver”, haha.
Não escrevo o que acho que o leitor vai querer ler. Algo naquele
molde que ele já conhece, e que o leitor possa ler na sua zona de
conforto. Eu me inspiro nas minhas vontades, nos meus desejos, nas
hipóteses nas quais acredito. Sou muito orgânico na escrita.
Músicas e filmes estão no topo da lista de experiências que
aceleram minhas inspirações. E alguns livros também,
principalmente os do Carlos Ruiz Zafón e Machado de Assis.
Bonitas palavras, Ulisses! Acho muito válido esse tipo de escrita, ainda mais nos dias de hoje, onde as grandes editoras procuram histórias com aquelas típicas "fórmulas do sucesso"...
Mudando de assunto, muito se fala de leitores-betas hoje em dia. Para quem não sabe, um leitor
beta acompanha o processo de escrita de um livro para dar opiniões
sobre o que melhorar na história. Você utiliza desse recurso
enquanto escreve?
Não, não uso. Se usar, é só por ansiedade mesmo. Opiniões são
sempre bem vindas, claro. Mas quem sabe se a história está boa tem
que ser o autor. Senão deixa de ser arte, passa a ser algo projetado
em cima das vontades de alguém, e não da sensibilidade do autor. A
obra começa a ficar distorcida. Um livro, pra mim, é uma obra de
arte literária, e não apenas um livro, um produto feito pra agradar
o máximo de gente possível. A arte não é assim. A arte é
sincera, doa a quem doer. Mesmo que doa no bolso do autor
predestinado a morrer de fome, haha. Mas tem autor que usa isso como
processo criativo. Acho super válido. Mas para mim não serve.
A cada resposta eu fico mais impressionado. Quanta personalidade, né non? haha.
Para nossa quinta pergunta, retomando ao assunto "inspirações", já sabemos que essas todas essas influências resultaram em belas
histórias. Explana pra gente sobre todas suas publicações
até o momento!
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Capa: 2014, Chiado Editora. |
Em 2014 eu publiquei o primeiro livro que escrevi: Esquimolândia!
Escrevi esse livro aos 16 anos, e acho que isso foi em 2006 ou 2007,
por aí, haha. Esse ano, acredito que eu maio, lanço a continuação,
o Emocalipse. E em intervalo de um ano de um para outro, lançarei o
terceiro e o quarto livro da saga Esquimolândia. Para depois
publicar O Cemitério das Garrafas Vazias e A Cidade dos Esquecidos
(ambos já publicados no Wattpad, mas vou publicá-los na versão
física). Eu sempre tenho uma enorme dificuldade para falar sobre
Esquimolândia... e também sobre o Emocalipse. Mas somente no ano
passado descobri o porque dessa dificuldade. Esquimolândia é um
livro simples, leve e absurdamente divertido. Emocalipse é um livro
que também apresenta muito humor negro e absurdos inimagináveis.
Porém, é mais romântico que o primeiro volume da saga. Tem muito
do universo emo e referências da realidade adolescente da época em
que o escrevi (2007/2008), como o Orkut e o MSN. Os dois últimos
livros são muito mais melancólicos e surreais. E cheios de
insatisfação. Foi então que, analisando todos os 4 livros da saga,
descobri que são complementares! Não posso definir cada livro
individualmente, pois eles só ganham significado real, quando
unidos! E também descobri que Esquimolândia representa a minha
infância (leve, simples e irresponsavelmente divertida). Emocalipse
representa minha adolescência (engraçada, mas repleta de decepções
amorosas e inseguranças interpessoais). E os dois últimos
livros me revelaram falar da minha entrada na vida adulta, cheia de
preocupações e, sobretudo, uma vontade irresistível de retornar à
infância, pegando carona nas garrafas de uísque e vinho, furtadas
sorrateiramente do bar do meu pai, haha. Então, não tem como eu
falar sobre o primeiro livro publicado, e o segundo que sai logo,
logo, sem explicar os demais.
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Possível foto de Ulisses na época em que começou a colocar suas ideias insanas no papel. |
Sobre essa representação de Esquimolândia com sua infância e o Emocalipse com sua adolescência, é realmente ótimo quando lemos algo que escrevemos há tempos e conseguimos reconhecer os elementos que nos moldavam naquela época, e como esses fatores nos influenciaram para a construção de nossas obras.
Bem, aproveitando o assunto, vamos falar sobre o presente. Ou melhor, sobre um futuro
bem próximo: Emocalipse! Fale um pouco sobre esse livro; como sabemos, é praticamente uma continuidade de Esquimolândia! A pergunta que não quer calar é: De onde saiu a ideia para escrever essa coisa louca e criativa? E com que
objetivo você decidiu trazer essa história para o mundo?
Como
eu disse, Esquimolândia era apenas um livro que escrevi de
brincadeira, para mostrar pros meus amigos e fazer eles rirem um
pouco (um pouco mais, porque a gente ria bastante naquela época,
haha). Mas esse impulso absurdo, gerado por esse turbilhão de ideias
que sempre explodem de dentro de mim, me obrigou a escrever uma
continuação, O Emocalipse! Nessa época eu já me sentia
sozinho, e a escrita foi algo bastante solitário. Foi algo que
escrevi de mim para mim. Mas claro, no universo surreal de
Esquimolândia. Nesse livro, as histórias absurdas que meus
amigos contavam, me inspiraram completamente. Vez ou outra chegava
um amigo na escola dizendo que encontrou uma vassoura com cabelo de
gente no bairro dele. Ou um cão de três patas. Eu decidi
transformar isso em uma história! Haha. Adicionei referências como
Pink e Cérebro, Star Wars, Senhor dos Anéis, Sailor Moon, Osama Bin
Laden, Papai Noel e etc. Misturei tudo isso e surgiu Esquimolândia!
Em O Emocalipse, os personagens se deparam com vampiros em
pokebolas, emos chorões, o divórcio da Estátua da Liberdade com o
Cristo Redentor, sequestradores de emoticons do MSN, Imperadores do
Orkut, desilusões amorosas, revoltas nas favelas do Rio de Janeiro,
freelancers que trabalhos como ceifadores para Deus e por aí vai!
Hahaha. Eu não tinha um objetivo claro para escrever essas
histórias. Mas depois que terminei de escrever a saga, ficou claro
que o objetivo da saga Esquimolândia, é fazer com as pessoas
percebam que não estão sozinhas. Além de divertir e convidar as
pessoas a deixarem seus problemas de lado um pouco, para sorrirem, a
saga possibilita uma auto reflexão. Muita gente entra na vida adulta
arrastada pelos anos, e no fundo, não estava preparada para isso.
Isso fica muito evidente na minha geração. Muita gente da minha
idade tem costumes e comportamentos que nossos pais e avós não
tinham, e consideram pouco maduro. Hoje, aos 30 anos de idade, um
indivíduo conversa horas sobre Harry Potter, coleciona bonequinhos e
vira noite assistindo seriado. Nossos pais e avós aos 30 anos, na
maioria, consideravam isso, coisa de criança. Eu acho que existe uma
relutância saudável em não mergulhar de cabeça na vida adulta, ou
seja lá esses conceitos que muitos consideram necessários para uma
vida adulta. É muita pressão!
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Capa: 2017, Darda Editora. |
Eu só sei rir! haha Não vejo a hora de poder ler esses livros hilários (e para saber como a Estátua da Liberdade e o Cristo se casaram). Aposto que todos os leitores daqui também estão.
Vamos lá, sétima pergunta, estamos quase terminando: como
você costuma criar os seus (loucos) personagens em geral? Falando
especificamente de Emocalipse, você se inspirou em alguém para
criá-los?
Sim.
Mas não é uma regra. Em cada livro eu me inspiro em pessoas
diferentes, e uso “processos criativos” diferentes. No Emocalipse
eu me inspirei em mim, haha, e em amigos e amigas que tive a grande
satisfação de conhecer no Orkut e no MSN. Em Esquimolândia, eu me
inspirei descaradamente em meus amigos da escola do ensino médio. E,
por exemplo, em A Cidade dos Esquecidos, eu me inspirei nos meus
personagens no jogo The Sims 3, haha.
Já
estamos ansiosos! Ulisses, ainda falando sobre esse novo livro,
gostaríamos de saber como é estar indo para sua segunda publicação solo.
O que mudou desde a primeira? Fale um pouco pra gente dessa sua
evolução como autor. O que mudou?
Bom, o primeiro livro foi muito divertido de escrever. E muito
fácil. O que, acredito, resulta em uma obra fácil de ler, e muito
divertida. Simplesmente isso. O segundo, apesar de fazer 10 anos que
o escrevi, lembro perfeitamente que foi mais difícil de escrever. A
história de fundo é mais definida, a personalidade de cada
personagem é mais rica. E para isso, eu precisava de muita reflexão,
pra entender o que eu estava sentindo, entender aquele momento da
minha vida, conhecer todos os personagens e “pintar” tudo isso
nas “cores” de Esquimolândia. Para manter o padrão do universo
caótico que criei no primeiro livro. Então, O Emocalipse é um pouco
mais recheado do que o primeiro.
Penúltima pergunta! aaaaaaa :(
Aproveitando
o assunto sobre publicação, gostaríamos de saber mais um pouco sobre a sua editora
atual, a Darda. Como foi a sua entrada para essa nova equipe?
A Darda Editora é uma editora muito atenciosa e acredita muito no
sucesso do Emocalipse. Me apoiou desde o momento em que apresentei o
original a eles, e continuam me dando apoio. Tenho muito a agradecer
à Darda Editora!
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O rebelde "Esquimolândia" interrompendo nossa entrevista enquanto escuta Avril Lavigne num universo alternativo criado por Ulisses onde livros podem ouvir música. |
E chegamos ao fim! Foi muito, muito divertido esse bate-papo. Muito obrigado pela entrevista, por todo seu carisma e sua história de vida. Sem dúvidas, quando o Esquimolândia sair, terá resenha aqui no blog (podem esperar, eu prometo).
Bom, agora, você pode se despedir da gente, fazer suas considerações finais,
dar recados para quem quiser e dizer suas expectativas para o futuro.
Bom, todo autor sonha em ser um best seller, ou, ao menos, poder
se sustentar da escrita. É algo que eu também desejo. Porém,
confesso que independente do retorno financeiro, o que realmente me
faz sentir realizado, é apenas a leitura de alguém, haha. Meus
olhos brilham quando um leitor me diz o que achou de minhas obras! É
realmente maravilhoso. Ainda não posso priorizar a escrita, mas
felizmente, o meu eu do passado fez isso! Haha. Já tenho 6 livros
prontinhos para publicar (alguns já publicados digitalmente), sendo
um já publicado e um quaaaaase lançado. Estou muito feliz com o que
criei, e com o que descobri sobre mim com a leitura daquilo que
escrevi no passado. Todas as minhas obras possuem uma correlação e
eu pretendo manter assim. Pois um dia, entre personagens fantásticos,
situações simuladas e versos abstratos, sei que meu verdadeiro eu
poderá ser encontrado. Seja por mim, ou por aqueles que,
verdadeiramente, quiserem me conhecer. O que quero dizer é que,
nenhum livro que eu escrevo, é um livro isolado. No final das
contas, existe uma relação entre todos eles. Os contos de O
Cemitério das Garrafas Vazias estão interligados, A Cidade dos
Esquecidos tem “easter eggs”, haha, e por aí vai. Meu sonho é,
um dia, unir verdadeiramente o audiovisual com a minha literatura, e
realmente inspirar as pessoas através de minha ideias e percepções
da vida. Permitir que as pessoas se identifiquem em minha arte, e se
possível, possam se ajudar. Porque não faz sentido participar desse
mundo, sem contribuir de alguma maneira.
Muito obrigado pela entrevista! Um grande abraço!
Desejamos sorte, muita felicidade, muita criatividade (que você já tem de sobra), e sucesso. Sucesso pra Esquimolândia e para todas as suas obras futuras! Mais uma vez, foi um prazer ter você aqui.
Antes
de dar tchau :(, aceita o nosso Desafio dos Exemplares? É um bate-pronto rápido de perguntas sobre literatura! Vamos lá:
- Um livro que você não gosta do autor, mas amou um livro dele. Vou falhar nessa primeira fase do desafio, haha. Não há um autor que eu tenha lido a obra desgostando do autor. Confesso que tô aqui forçando a memória. Mas para não falhar por completo, eu diria Anton Gill, que escreve a série Assassin's Creed, sob o pseudônimo de Oliver Bowden. Eu não gosto muito dos personagens dele, mas não consigo parar de ler os livros da série, hahaha.
- Livro favorito da vida. Dificílimo escolher um, mas o subconsciente não mente, e eu diria A Sombra do Vento, de Carlos Ruíz Zafón.
- Um livro bem adaptado para o cinema.
Harry Potter. Os livros são maravilhosos, os filmes são incríveis. Não há argumento.
- Seu personagem favorito da literatura.
Julian Carax, de A Sombra do Vento.
- Um livro que você odeia.
Vou me esforçar pra odiar um, só pra não vacilar no desafio, hahaha. Porque toda obra tem seu mérito, por ter, bem ou mal, a alma de quem o concebeu. Mas vejamos... Ah, como diria meu pai, odiar é uma palavra muito forte. Mas eu me decepcionei com O Vendedor de Sonhos, do Augusto Curry.
- Um autor que todo mundo ama, menos você.
Acho que Augusto Curry, haha. Mas não tirando o mérito dele. Só não tive a experiência que esperava com as obras dele que li.
- O livro mais louco que você já leu (e não vale o seu, haha).
Hahaha. Acho que não tem livro mais bizarro que o meu. Mas já li uns livros doidos. Eu destacaria Preciso Te Contar um Segredo, do Matheus S. Alves. Ri muito, e me identifiquei demais com os personagens dele, haha.
As fotos utilizadas aqui foram cedidas pelo próprio autor.
E aí, Exemplares, gostaram da nossa segunda entrevista foi aqui? Foi divertido, não foi? Então, agora deixo umas informações extras sobre o autor (descobri por conta própria, meio 007):
Siga o Ulisses nas redes sociais! No Instagram, você pode conferir um trailer surreal do Emocalipse. No Wattpad, confira outras histórias do autor (citadas aqui na entrevista, como Cidade dos Esquecidos, por exemplo). No Facebook, bem, acompanhe praticamente tudo. Só vai, clique nos logos:
Isso é tudo, pessoal. Um abraço e até a próxima! :)