Entrevistando o Autor: Ulisses Alves

quarta-feira, 22 de março de 2017


Exemplares, para a entrevista de hoje temos Ulisses Alves. Eu já tive a oportunidade de esbarrar com ele em duas situações: a primeira foi ano passado, quando publicamos na mesma antologia, 31 Contos Assombrados, da Rouxinol Editora. Depois, no começo desse ano, o site burnbook fez uma resenha da antologia, e, para minha felicidade (e do Ulisses), os nossos contos ficaram no pódio (o dele em segundo, e o meu em terceiro). Agora, eu tenho a oportunidade de conhecê-lo um pouco mais - junto com vocês!


 Apresentação:




Ele tem 27 anos, nasceu em Nova Iguaçu, RJ, mas hoje vive em Teresópolis, também no Rio. É de câncer, caminhando na graduação em Design Gráfico e trabalha com motion designer freelancer.
Já lançou Esquimolândia pela Chiado Editora, em 2014. Esse ano, Ulisses irá lançar o seu segundo livro, Emocalipse.

Sem delongas, confira abaixo as perguntas feitas e as respostas (divertidas, já adianto) do autor. Lembrando que as perguntas do Garoto Exemplar sempre estará em negrito. 



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Sejam bem-vindos à entrevista com Ulisses, o nosso convidado do Entrevistando o Autor.  Para inciarmos, diga para nós o que ainda não sabemos sobre você. Quem é, verdadeiramente, Ulisses? Do que você gosta? O que faz no dia a dia? O que escuta? O que você assiste? Como você enxerga o mundo? 

Basicamente eu trabalho o dia todo, haha. Eu sempre curti muito um filminho em casa, desde criança. Isso sempre me inspirou. Sempre gostei muito de escrever, jogar tênis e brincar de Le Parkour. Além de ser viciado em games. A leitura também sempre teve um lugarzinho especial dentre minhas atividades favoritas. Porém, hoje sou casado e tenho dois filhos (um de cinco anos e outro de 1 aninho), e realmente não sobra tempo quase nenhum para quase nenhum hobbie. Mas hoje, eu me definiria como um eterno sonhador. Antes, eu sonhava com o futuro, hoje, eu sonho mais com o passado. Sou extremamente nostálgico e ansioso. Mas quem me conhece, me define como uma pessoa extremamente calma e reservada. Apesar de meu trabalho com edição de vídeo, design de logo, animação gráfica e modelagem 3D me tomar as manhãs, tardes, e na maioria das vezes, as noites também, sempre que tenho um tempo, gosto de maratonar seriados de terror e assistir filmes e mais filmes de terror, suspense, ou ação! Amo jogar videogame, principalmente um Guitar Hero ou FIFA enquanto tomo umas boas talagadas de cerveja, haha! Não consigo trabalhar sem escutar música. Dentre minhas bandas preferidas estão, desde sempre, Queen, The Offspring, Avril Lavigne, My Chemical Romance, The Doors, Yeah Yeah Yeahs e Clarice Falcão. E mais um monte de bandas. Amo música. Minha maneira de enxergar a humanidade, define minha percepção do mundo. Basicamente eu gosto de dizer que amo as pessoas, mas odeio a humanidade. Sou capaz de achar fascinante qualquer indivíduo, por pior que seja a impressão que outras pessoas tenham dele. Mas quando se trata do coletivo, eu realmente acho que a raça humana, era um negocinho que não deveria existir. Tenho até uma teoria de que a raça humana é tão detestada no universo, que todos os alienígenas se mudam e planeta e destroem tudo, para não deixar nenhum rastro de vida inteligente no planeta natal. Justamente pra gente pensar que está sozinho no universo e o planeta Terra ir morrendo sozinho aos pouquinhos. Mas acredito que cada ser humano, seja um milagre incompreendido, até para si mesmo. E justamente isso que nos motiva a buscar a auto compreensão. E a auto compreensão é o caminho para ser uma pessoa melhor (uma pessoa melhor, é aquela que não enche o saco dos outros! Hehe).

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Um salve pro Queens, Clarice Falcão e My Chemical Romance (minha era emo/sad ainda não passou haha). Muito bom, Ulisses. Eu também tenho um complexo em relação à sociedade, também tenho esperanças nos alienígenas; fiquei bem positivo ao assistir "A Chegada", no ano passado (se alguém que está lendo isso ainda não assistiu, eu recomendo). 
Bom, agora seguindo e deixando os extra-terrestres de lado, conta um pouco pra gente sobre o Ulisses autor. Nós já sabemos a sua idade, de onde é e onde vive. Mas, e o escritor dentro de você? Como, quando e onde ele nasceu? Fale sobre sua autodescoberta como escritor.

Eu gostaria de dizer que meus pais tinham uma biblioteca maneira e me incentivavam a ler quando eu era criança. E que eu cresci apaixonado por livros e descobri que amava escrever. Como a maioria dos novos escritores. Mas a verdade é que meus pais não estavam nem aí pra leitura e eu odiava as aulas de literatura na escola. Não tinha a menor paciência para ler. Mas desde que aprendi a escrever, eu amo contar histórias. É algo que eu não consigo segurar. Contar histórias, propor novas realidades, transformar sonhos e ideias em entretenimento é algo que explode de mim! Sempre foi assim. Porém, sempre fui muito tímido e reservado, e por causa dessa minha dificuldade de expor ideias em uma conversa comum, eu fui impulsionado a imortalizá-las na escrita. Desde criança eu escrevo textos e histórias curtas para mim. Mas somente aos 16 anos eu simplesmente decidi começar um livro. E assim, de brincadeira, comecei e terminei um livro de humor. Depois, decidi dar continuidade, e então, nunca mais parei. Porém somente quase 10 anos depois é que decidi publicar. E quanto à leitura, eu comecei a ler depois disso, hahaha. E foi um acidente. Eu amava filmes e gostava dos filmes do Harry Potter. Mas não liguei tanto pros dois primeiros filmes, tinha melhores pra mim, haha (os Potterheads que me perdoem). Mas fiquei tão apaixonado pelo terceiro filme, que não quis esperar um ano para saber o que ia acontecer depois. Então comprei o quarto livro para saber. E foi assim que descobri que ler é legal. Mas pra mim, a escrita vem em primeiro lugar. A necessidade de expor ideias e pontos de vista. E a vontade de inspirar pessoas.

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Acho que eu sou o único ser dessa geração que não começou a ler por causa de Harry Potter! (o primeiro autor entrevistado aqui também começou igual a você). Brincadeira, mas, bem, eu também não tive pais que me incentivaram a ler. E acho que eu também não me lembro exatamente quando decidi escrever, mas foi logo depois de ler As Crônicas de Nárnia (emprestado por uma vizinha minha, deixo aqui um obrigado). Bem, ainda bem que tivemos essa sorte de acabar tendo  com a literatura de algum jeito. 
Para a segunda pergunta, vamos falar sobre inspirações. A minha foi Lewis, como você deve imaginar. E a(s) sua(s)? Quem costuma te influenciar quando você pensa em escrever uma história?

Eu gosto de dizer que eu sou um escritor que escreve com o coração, e não com o cérebro. Isto é, minha matéria-prima é minha própria vida, meus sentimentos e experiências. Isso fica muito evidente para mim depois que leio um livro, alguns anos depois de tê-lo concebido. Descubro muito de mim ali. Existe muita sinceridade no que escrevo. Não é algo “pra inglês ver”, haha. Não escrevo o que acho que o leitor vai querer ler. Algo naquele molde que ele já conhece, e que o leitor possa ler na sua zona de conforto. Eu me inspiro nas minhas vontades, nos meus desejos, nas hipóteses nas quais acredito. Sou muito orgânico na escrita. Músicas e filmes estão no topo da lista de experiências que aceleram minhas inspirações. E alguns livros também, principalmente os do Carlos Ruiz Zafón e Machado de Assis.

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Bonitas palavras, Ulisses! Acho muito válido esse tipo de escrita, ainda mais nos dias de hoje, onde as grandes editoras procuram histórias com aquelas típicas "fórmulas do sucesso"...
Mudando de assunto, muito se fala de leitores-betas hoje em dia. Para quem não sabe, um leitor beta acompanha o processo de escrita de um livro para dar opiniões sobre o que melhorar na história. Você utiliza desse recurso enquanto escreve?

Não, não uso. Se usar, é só por ansiedade mesmo. Opiniões são sempre bem vindas, claro. Mas quem sabe se a história está boa tem que ser o autor. Senão deixa de ser arte, passa a ser algo projetado em cima das vontades de alguém, e não da sensibilidade do autor. A obra começa a ficar distorcida. Um livro, pra mim, é uma obra de arte literária, e não apenas um livro, um produto feito pra agradar o máximo de gente possível. A arte não é assim. A arte é sincera, doa a quem doer. Mesmo que doa no bolso do autor predestinado a morrer de fome, haha. Mas tem autor que usa isso como processo criativo. Acho super válido. Mas para mim não serve.

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A cada resposta eu fico mais impressionado. Quanta personalidade, né non? haha.
Para nossa quinta pergunta, retomando ao assunto "inspirações", já sabemos que essas todas essas influências resultaram em belas histórias. Explana pra gente sobre todas suas publicações até o momento!

Capa: 2014, Chiado Editora.
Em 2014 eu publiquei o primeiro livro que escrevi: Esquimolândia! Escrevi esse livro aos 16 anos, e acho que isso foi em 2006 ou 2007, por aí, haha. Esse ano, acredito que eu maio, lanço a continuação, o Emocalipse. E em intervalo de um ano de um para outro, lançarei o terceiro e o quarto livro da saga Esquimolândia. Para depois publicar O Cemitério das Garrafas Vazias e A Cidade dos Esquecidos (ambos já publicados no Wattpad, mas vou publicá-los na versão física). Eu sempre tenho uma enorme dificuldade para falar sobre Esquimolândia... e também sobre o Emocalipse. Mas somente no ano passado descobri o porque dessa dificuldade. Esquimolândia é um livro simples, leve e absurdamente divertido. Emocalipse é um livro que também apresenta muito humor negro e absurdos inimagináveis. Porém, é mais romântico que o primeiro volume da saga. Tem muito do universo emo e referências da realidade adolescente da época em que o escrevi (2007/2008), como o Orkut e o MSN. Os dois últimos livros são muito mais melancólicos e surreais. E cheios de insatisfação. Foi então que, analisando todos os 4 livros da saga, descobri que são complementares! Não posso definir cada livro individualmente, pois eles só ganham significado real, quando unidos! E também descobri que Esquimolândia representa a minha infância (leve, simples e irresponsavelmente divertida). Emocalipse representa minha adolescência (engraçada, mas repleta de decepções amorosas e inseguranças interpessoais). E os dois últimos livros me revelaram falar da minha entrada na vida adulta, cheia de preocupações e, sobretudo, uma vontade irresistível de retornar à infância, pegando carona nas garrafas de uísque e vinho, furtadas sorrateiramente do bar do meu pai, haha. Então, não tem como eu falar sobre o primeiro livro publicado, e o segundo que sai logo, logo, sem explicar os demais.

Possível foto de Ulisses na época em que começou a colocar suas ideias insanas no papel.


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Sobre essa representação de Esquimolândia com sua infância e o Emocalipse com sua adolescência, é realmente ótimo quando lemos algo que escrevemos há tempos e conseguimos reconhecer os elementos que nos moldavam naquela época, e como esses fatores nos influenciaram para a construção de nossas obras.
Bem, aproveitando o assunto, vamos falar sobre o presente. Ou melhor, sobre um futuro bem próximo: Emocalipse! Fale um pouco sobre esse livro; como sabemos, é praticamente uma continuidade de Esquimolândia! A pergunta que não quer calar é: De onde saiu a ideia para escrever  essa coisa louca e criativa? E com que objetivo você decidiu trazer essa história para o mundo?

Como eu disse, Esquimolândia era apenas um livro que escrevi de brincadeira, para mostrar pros meus amigos e fazer eles rirem um pouco (um pouco mais, porque a gente ria bastante naquela época, haha). Mas esse impulso absurdo, gerado por esse turbilhão de ideias que sempre explodem de dentro de mim, me obrigou a escrever uma continuação, O Emocalipse! Nessa época eu já me sentia sozinho, e a escrita foi algo bastante solitário. Foi algo que escrevi de mim para mim. Mas claro, no universo surreal de Esquimolândia. Nesse livro, as histórias absurdas que meus amigos contavam, me inspiraram completamente. Vez ou outra chegava um amigo na escola dizendo que encontrou uma vassoura com cabelo de gente no bairro dele. Ou um cão de três patas. Eu decidi transformar isso em uma história! Haha. Adicionei referências como Pink e Cérebro, Star Wars, Senhor dos Anéis, Sailor Moon, Osama Bin Laden, Papai Noel e etc. Misturei tudo isso e surgiu Esquimolândia! 
Em O Emocalipse, os personagens se deparam com vampiros em pokebolas, emos chorões, o divórcio da Estátua da Liberdade com o Cristo Redentor, sequestradores de emoticons do MSN, Imperadores do Orkut, desilusões amorosas, revoltas nas favelas do Rio de Janeiro, freelancers que trabalhos como ceifadores para Deus e por aí vai! Hahaha. Eu não tinha um objetivo claro para escrever essas histórias. Mas depois que terminei de escrever a saga, ficou claro que o objetivo da saga Esquimolândia, é fazer com as pessoas percebam que não estão sozinhas. Além de divertir e convidar as pessoas a deixarem seus problemas de lado um pouco, para sorrirem, a saga possibilita uma auto reflexão. Muita gente entra na vida adulta arrastada pelos anos, e no fundo, não estava preparada para isso. Isso fica muito evidente na minha geração. Muita gente da minha idade tem costumes e comportamentos que nossos pais e avós não tinham, e consideram pouco maduro. Hoje, aos 30 anos de idade, um indivíduo conversa horas sobre Harry Potter, coleciona bonequinhos e vira noite assistindo seriado. Nossos pais e avós aos 30 anos, na maioria, consideravam isso, coisa de criança. Eu acho que existe uma relutância saudável em não mergulhar de cabeça na vida adulta, ou seja lá esses conceitos que muitos consideram necessários para uma vida adulta. É muita pressão! 

Capa: 2017, Darda Editora.

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Eu só sei rir! haha Não vejo a hora de poder ler esses livros hilários (e para saber como a Estátua da Liberdade e o Cristo se casaram). Aposto que todos os leitores daqui também estão.
Vamos lá, sétima pergunta, estamos quase terminando: como você costuma criar os seus (loucos) personagens em geral? Falando especificamente de Emocalipse, você se inspirou em alguém para criá-los?

Sim. Mas não é uma regra. Em cada livro eu me inspiro em pessoas diferentes, e uso “processos criativos” diferentes. No Emocalipse eu me inspirei em mim, haha, e em amigos e amigas que tive a grande satisfação de conhecer no Orkut e no MSN. Em Esquimolândia, eu me inspirei descaradamente em meus amigos da escola do ensino médio. E, por exemplo, em A Cidade dos Esquecidos, eu me inspirei nos meus personagens no jogo The Sims 3, haha.

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Já estamos ansiosos! Ulisses, ainda falando sobre esse novo livro, gostaríamos de saber como é estar indo para sua segunda publicação solo. O que mudou  desde a primeira? Fale um pouco pra gente dessa sua evolução como autor. O que mudou?

Bom, o primeiro livro foi muito divertido de escrever. E muito fácil. O que, acredito, resulta em uma obra fácil de ler, e muito divertida. Simplesmente isso. O segundo, apesar de fazer 10 anos que o escrevi, lembro perfeitamente que foi mais difícil de escrever. A história de fundo é mais definida, a personalidade de cada personagem é mais rica. E para isso, eu precisava de muita reflexão, pra entender o que eu estava sentindo, entender aquele momento da minha vida, conhecer todos os personagens e “pintar” tudo isso nas “cores” de Esquimolândia. Para manter o padrão do universo caótico que criei no primeiro livro. Então, O Emocalipse é um pouco mais recheado do que o primeiro.

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Penúltima pergunta! aaaaaaa :( 
Aproveitando o assunto sobre publicação, gostaríamos de saber mais um pouco sobre a sua editora atual, a Darda. Como foi a sua entrada para essa nova equipe?

A Darda Editora é uma editora muito atenciosa e acredita muito no sucesso do Emocalipse. Me apoiou desde o momento em que apresentei o original a eles, e continuam me dando apoio. Tenho muito a agradecer à Darda Editora!

O rebelde "Esquimolândia" interrompendo nossa entrevista enquanto escuta Avril Lavigne num universo alternativo criado por Ulisses onde livros podem ouvir música.


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E chegamos ao fim! Foi muito, muito divertido esse bate-papo. Muito obrigado pela entrevista, por todo seu carisma e sua história de vida. Sem dúvidas, quando o Esquimolândia sair,  terá resenha aqui no blog (podem esperar, eu prometo). 
Bom, agora, você pode se despedir da gente, fazer suas considerações finais, dar recados para quem quiser e dizer suas expectativas para o futuro.

Bom, todo autor sonha em ser um best seller, ou, ao menos, poder se sustentar da escrita. É algo que eu também desejo. Porém, confesso que independente do retorno financeiro, o que realmente me faz sentir realizado, é apenas a leitura de alguém, haha. Meus olhos brilham quando um leitor me diz o que achou de minhas obras! É realmente maravilhoso. Ainda não posso priorizar a escrita, mas felizmente, o meu eu do passado fez isso! Haha. Já tenho 6 livros prontinhos para publicar (alguns já publicados digitalmente), sendo um já publicado e um quaaaaase lançado. Estou muito feliz com o que criei, e com o que descobri sobre mim com a leitura daquilo que escrevi no passado. Todas as minhas obras possuem uma correlação e eu pretendo manter assim. Pois um dia, entre personagens fantásticos, situações simuladas e versos abstratos, sei que meu verdadeiro eu poderá ser encontrado. Seja por mim, ou por aqueles que, verdadeiramente, quiserem me conhecer. O que quero dizer é que, nenhum livro que eu escrevo, é um livro isolado. No final das contas, existe uma relação entre todos eles. Os contos de O Cemitério das Garrafas Vazias estão interligados, A Cidade dos Esquecidos tem “easter eggs”, haha, e por aí vai. Meu sonho é, um dia, unir verdadeiramente o audiovisual com a minha literatura, e realmente inspirar as pessoas através de minha ideias e percepções da vida. Permitir que as pessoas se identifiquem em minha arte, e se possível, possam se ajudar. Porque não faz sentido participar desse mundo, sem contribuir de alguma maneira.

Muito obrigado pela entrevista! Um grande abraço!

+

Desejamos sorte, muita felicidade, muita criatividade (que você já tem de sobra), e sucesso. Sucesso pra Esquimolândia e para todas as suas obras futuras! Mais uma vez, foi um prazer ter você aqui. 

Antes de dar tchau :(, aceita o nosso Desafio dos Exemplares? É um bate-pronto rápido de perguntas sobre literatura! Vamos lá:

- Um livro que você não gosta do autor, mas amou um livro dele. Vou falhar nessa primeira fase do desafio, haha. Não há um autor que eu tenha lido a obra desgostando do autor. Confesso que tô aqui forçando a memória. Mas para não falhar por completo, eu diria Anton Gill, que escreve a série Assassin's Creed, sob o pseudônimo de Oliver Bowden. Eu não gosto muito dos personagens dele, mas não consigo parar de ler os livros da série, hahaha.

- Livro favorito da vida. Dificílimo escolher um, mas o subconsciente não mente, e eu diria A Sombra do Vento, de Carlos Ruíz Zafón.

- Um livro bem adaptado para o cinema.
Harry Potter. Os livros são maravilhosos, os filmes são incríveis. Não há argumento.

- Seu personagem favorito da literatura.
Julian Carax, de A Sombra do Vento.

- Um livro que você odeia.
Vou me esforçar pra odiar um, só pra não vacilar no desafio, hahaha. Porque toda obra tem seu mérito, por ter, bem ou mal, a alma de quem o concebeu. Mas vejamos... Ah, como diria meu pai, odiar é uma palavra muito forte. Mas eu me decepcionei com O Vendedor de Sonhos, do Augusto Curry.

- Um autor que todo mundo ama, menos você.
Acho que Augusto Curry, haha. Mas não tirando o mérito dele. Só não tive a experiência que esperava com as obras dele que li.

- O livro mais louco que você já leu (e não vale o seu, haha).
Hahaha. Acho que não tem livro mais bizarro que o meu. Mas já li uns livros doidos. Eu destacaria Preciso Te Contar um Segredo, do Matheus S. Alves. Ri muito, e me identifiquei demais com os personagens dele, haha.


As fotos utilizadas aqui foram cedidas pelo próprio autor.

E aí, Exemplares, gostaram da nossa segunda entrevista foi aqui? Foi divertido, não foi? Então, agora deixo umas informações extras sobre o autor (descobri por conta própria, meio 007):


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Isso é tudo, pessoal. Um abraço e até a próxima! :)


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